Let! No let! Stroke! Saiba as diferenças no jogo de Squash

Que atire a primeira pedra quem nunca ficou em dúvida quanto à marcação da arbitragem no jogo do Squash. Ou seja, esse é sempre um tema controverso. Pode ser jogo de campeonato, pode ser uma simples partida de final de dia. Nenhum squashista entra em quadra para perder. Afinal, todos querem a decisão a seu favor.

Parece simples, mas pode gerar discussões pós-jogo dignas de uma final de campeonato brasileiro de futebol. Isto é, o assunto é tão polêmico, que no canal oficial do Youtube da PSA há uma playlist própria para lances dessa natureza. Se parece difícil para árbitros profissionais, o que dirá para os amadores que voluntariamente se dispõem a arbitrar um jogo.https://racquetnetwork.com/wp-content/uploads/2008/12/automatic_squash_stroke.jpg

Eu mesmo me considero uma pessoa razoavelmente calma. Digamos que em 80% do tempo sou tranquilo. O problema é que dentro dos 20% do tempo em que me irrito, bom, posso me irritar para valer. Ainda bem que não costuma durar muito. Afinal, o tempo de irritação dura uns trinta segundos, até que reflito e tendo a concordar com o árbitro.

Irritar-se em determinados momentos não parece ser um privilégio meu. De fato, tenho observado rotineiramente dúvidas, reclamações, marcações inconstantes, diferentes interpretações para lances parecidos. Isso apenas contribui para a constante dúvida nos jogadores para decifrar qual será o estilo do árbitro. Se mais rígido ou não com strokes e lets, ou daqueles que stroke é a tônica do jogo.

Razões para diferenças de estilos

https://www.usbeatit.nl/wp-content/uploads/2015/06/10-spelregel.pngEm minha leitura, isso ocorre por algumas razões. A maior parte dos squashistas são amadores. Logo, sem muito tempo, paciência e interesse em se aprofundar nas regras do jogo do Squash. O aprendizado sobre arbitragem ocorre, então, com base na observação das partidas que ocorrem no clube ou com base no que “ensinam” os mais experientes.

Aliás, tente contrariar um deles sendo você mais inexperiente ou de um nível de habilidade menor. Garanto que não terá sucesso. Há uma aparente confusão entre nível do jogador e “melhor árbitro”. Isso propaga vícios, interpretações dúbias, e o problema não se resolve.

O que pode ajudar a resolver essa situação? Não tenho resposta precisa. Uma dica óbvia é ler as regras do jogo. Um bom texto sobre interpretação das regras para iniciantes e mesmo jogadores experientes (que também precisam se reciclar) pode ser lido no Apêndice 1 da World Squash Federation. No repositório do SquashSkills há também um vídeo explicativo em inglês sobre o assunto.

De todas as leituras, o resumo do let, no let e stroke no jogo do Squash é…

Em caso de interferência…
Yes let
se o jogador tiver condições de retornar a bola
No let
se o jogador não tiver condições de chegar na jogada
Stroke
se o jogador impede que o oponente possa rebater uma bola vencedora ou que possa jogar a bola diretamente na parede frontal

Em síntese, arbitragem, na maior parte dos esportes, sempre tem um “que” de interpretação. Todavia, as federações estaduais de Squash poderiam, pelo menos uma vez ao ano, promover clínicas e palestras sobre isso. Antes de campeonatos/torneios ou no início de cada ano, seriam bons momentos. Talvez ajudasse a ter maior padronização nas decisões em quadra e contribuir para acalmar os ânimos dos squashistas, deixando-os se concentrar apenas no jogo. Isso seria verdade pelo menos no que diz respeito ao árbitro. Já sobre tensão e animosidades na partida, bom isso é assunto para outro momento.

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