Desde que iniciei a prática do Squash que escuto essa recomendação. É uma das dicas de treino que Parece uma das máximas desse esporte. Consequentemente, é também um assunto sempre debatido em blogs e páginas na Internet sobre Squash. Desenvolver esse tipo de hábito dá uma vantagem a quem consegue colocá-lo em prática. Todavia, não é tão simples quanto parece. Ou seja, o braço cansa, o corpo também. Daí para a raquete não estar preparada é rápido. Eu, por exemplo, até lembro disso no início do jogo ou do treino, mas, depois, bom, melhor ir adiante.
Recentemente me deparei com o assunto novamente no blog ControlTheT. O texto é assinado por Nicole Garon (Squash Pro & Program Coordinator) do clube canadense Brantford Movati Athletic. Trata-se de um texto simples sobre o assunto. Por isso, aproveito para adaptá-lo aqui com as dicas de treino.
O seu jogo sofre de algum desses sintomas?
- Inconsistência e voleios mau executados
- Erros por segurar a raquete de forma desleixada
- Paralelas inconsistentes ou bolas no meio da quadra
- Boasts excessivos ou desnecessários
Se você acha que seu jogo é prejudicado por um desses fatores, você pode estar sofrendo do que é possível chamar de “Sindrome da Raquete Despreparada ou Relaxada” (no original “Late or Lazy Racquet Prep”).
Pode parecer simples ou mesmo sem maiores consequências, mas preparar a raquete para a batida é mais do que algo trivial ou a ser deixado de lado. Por que? Em termos simples, a bola se move com ritmo e trajetória, não para e espera que você a golpeie na melhor zona de acerto.
Se a sua raquete não estiver pronta, você perdeu a oportunidade de bater no ponto ótimo. Uma vez que a bola passou da posição ideal, a terminação é comprometida e as opções de jogadas se reduzem drasticamente. Quem ainda não é avançado, tal qual eu, sabe como é isso.
Ter a raquete preparada significa que seu pulso está firme e a cabeça da raquete está no nível do seu quadril ou um pouco acima. Deixar a cabeça da raquete apontada para o chão com o pulso mole não significa raquete preparada. Assim que a terminação da jogada atual terminar, você deve tentar desenvolver o hábito de reiniciar a posição da raquete para deixá-la preparada.
Dicas de treino que podem ajudar
- OLHO – Observe a bola para que seu corpo possa reagir apropriadamente
- RAQUETE – O que o olho vê, a cabeça da raquete responde (levantada para bater no forehand ou backhand)
- PÉS – Mova o corpo para trás da bola para bater no ponto certo
Sim, os pés se movem por último. A raquete deve estar preparada antes (ou quando) você vai para a bola! Esse pequeno detalhe pode fazer uma diferença grande no seu jogo. Com uma boa preparação, você pode e reduzirá os sintomas listados anteriormente.
Benefícios da raquete preparada
De antemão, a raquete preparada ajuda no voleio. E isto contribui para:
- Tirar tempo de resposta do seu oponente entre as jogadas (colocando-o sob pressão)
- Tirar você dos cantos do fundo de quadra, onde geralmente os probelmas acontecem
- Impor ritmo e variedade ao seu jogo
- Ajudar a manter a posição no T
Ter a raquete preparada também ajuda a reduzir erros com a própria raquete ou jogadas fracas. Além disso, provê opções para além do boast. Quando a cabeça da raquete está preparada antes de acertar o ponto ótimo, sua terminação é suave e limpa. O peso é distribuído para frente e ao longo da batida. Se isso não ocorre, sua jogada provavelmente será fraca ou solta. Isto é, deixando a bola ao gosto do oponente. Isso torna seu jogo previsível. Muitas vezes com uso excessivo de boasts e vulnerável a ataques.
Por fim, a raquete preparada também ajuda a adicionar outro elemento ao seu jogo: a finta. Você tem tempo para “segurar” a batida em vez de bater apressadamente. Essa pequena pausa pode confundir ou enganar o oponente, que fica sem saber o que você vai fazer. E isso, naturalmente, coloca-o sob enorme pressão.
Em resumo, as dicas de treino para lembrar são: OLHO, RAQUETE, PÉS. Pequenos ajustes podem fazer grande diferença. Logo, raquete prepara sempre!
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